quarta-feira, 11 de março de 2015

Ciência

Eu já lhe olhei tanto,
Com olhos semicerrados em uma dúvida fundamental, quântica...
E contei giros, rodas e voltas
Contei histórias como quem as lembra.

Tenho hoje uma certeza profunda,
Inabalável como a convicção dos jovens,
Que as lacunas que me tiravam o sono
Eram apenas o espaço que vem depois do fim.

Eu sei que posso estar errado,
Mas não lhe farei mais perguntas.
Eu sei que espero estar errado,
E que perguntas, olhares e dúvidas
E questões e idéias e teorias e tudo,
Por mais que assim sejam concebidas, não têm em si relação alguma com o objeto,
Eu sei que o Objeto só tem relação consigo mesmo,
E só tem os compromissos que assume consigo mesmo,
E que, por si só,  nunca inclui as respostas.

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