quinta-feira, 25 de junho de 2020

Olá,

Escrevo-te esta carta presente
No verso dum guardanapo sujo e amassado,
Da mesa de um bar escuro, decadente e sagrado,
Tudo cheira a cigarro e tem uma história deprimente.

Estou aqui olhando quem entra e sai,
Os que choram e os que riem,
Mas não importa quem vem ou vai,
Rir ou chorar é o mesmo, no fim.

Perdoa esta mancha que me borra as palavras,
Meu copo transborda, minhas mãos tremem,
Eu bebo à decadencia, ao imoral,
Às pessoas que mentem de frente ao normal.