segunda-feira, 6 de junho de 2005

Antigas Escrituras #8

Uma passagem larga consumindo os que vão e vem. Um insone retorno. Momentos antigos que ninguém mais recorda... Um dia para se ir além.

É outro espaço marcado inspirado em lembranças. Lembranças de mais ninguém. E pensando se descobre o que se quis saber, mesmo antes de reconhecer que o oculto é sempre mais simples. Mesmo antes de imaginar todos os motivos que levam até a loucura, alguém já passou por aqui.

Não sei ao certo o que procuro. Não sei dizer. É mais fácil pra mim imaginar o que os outros procuram aqui, vagando e tentando descobrir o que eu também não entendo. Isso eu posso fazer! Quem sabe seja a liberdade que se ganha ao se romper com a verdade que me permite responder sobre os outros melhor do que sobre mim mesmo... Eu só posso imaginar.

Laços antigos atam até o que é novo. Uma espiral do eterno retorno. Novamente, tudo retorna sem dormir, sem perder tempo algum logo após ter descartado todo o tempo do mundo. As nuvens continuam no céu e nós continuamos no chão. Mesmo se eu voasse, acho que continuaria no chão. Afinal, eu sempre fui mais próximo das nuvens que do céu.

Têm coisas caindo sobre nossas cabeças. São pedras, plumas, sei lá. Quanto mais se espera, mais tempo se demora. O alerta vive uma surpresa a cada segundo. Eu sei que não faço sentido, mas eu já havia dito que nem mesmo entendo o que procuro aqui.

Cada um que se empenhe em descobrir.