quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Te entrego minha derrota.
Na bandeja de prata, minha cabeça,
Na ponta da faca, meu pescoço.
Não tenho nenhuma canção de vitória,
Que tenha seu nome.

Entrego-lhe livremente minhas glórias,
Voluntariamente, me curvo e lhe saúdo.
Te reverencio, vencido,
Por ter ganho sem ao menos ter lutado,
Por ter ganho sem haver me combatido.

Essa sua arma secreta faz de mim,
Do meu próprio corpo, sua baínha.
Você não a saca e ela me corta
E não há armadura que impeça o golpe,
E eu caio...

E de joelhos lhe entrego sua Vitória
Você nem mesmo sabe que houve uma luta!
Mesmo assim, sempre soube que a conquista era tua.
Já que não tenho contragolpe que lhe possa tocar.

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