terça-feira, 22 de abril de 2025

Sou ser natural, nascido da terra
Mas a terra não sou restrito
Outros planos, em minha mente, percorro
Em outras esferas transito.

Eu busco um sentido profundo,
Ou um propósito único e esquecido
Me ver projetado (ou predito)
Em lenda, conto ou mito,

Em Noturna casa me encontro
Das sombras que ocultam os limites de tudo
A imensidão do vazio em que vago
É minha morada, meu lar, meu abrigo.

Mas as trevas não mais amedrontam
Não defendem ou afastam os perigos
Por isso agora com o Sol eu me cubro
Minha armadura dourada, em chamas fulguro!

Arde a luz que cria, o fogo que destrói 
É feito novo, esta visão do mundo
E a cada nova sombra que projeto
São infinitos novos vazios que crio.

Pois é tudo um só, ao fim.