Sou ser natural, nascido da terra
Mas a terra não sou restrito
Outros planos, em minha mente, percorro
Em outras esferas transito.
Eu busco um sentido profundo,
Ou um propósito único e esquecido
Me ver projetado (ou predito)
Em lenda, conto ou mito,
Em Noturna casa me encontro
Das sombras que ocultam os limites de tudo
A imensidão do vazio em que vago
É minha morada, meu lar, meu abrigo.
Mas as trevas não mais amedrontam
Não defendem ou afastam os perigos
Por isso agora com o Sol eu me cubroMinha armadura dourada, em chamas fulguro!
Arde a luz que cria, o fogo que destrói
É feito novo, esta visão do mundo
E a cada nova sombra que projeto
São infinitos novos vazios que crio.
Pois é tudo um só, ao fim.