É uma perdição, esse cosmo e essa raça. Esse éter e essa vida. Enquanto alguns se deliciam, outros pagam o preço.
Começou de novo! Olhem pelas suas janelas e vejam o céu perder a cor, a grama murchar e o orvalho secar.
Vejam o sonho etílico se dissipar no ar infindável como um vapor tão leve e insignificante. O ar podre, viciado, sufocante. Olhem para fora. Observem essa dança imunda e todos os passos que querem nos ensinar. E ninguém se dá ao trabalhado de te pergunta se você realmente quer participar.
O véu irá cair. A podridão volta. A ilusão vai. Parte a euforia, volta o desespero. E a mesma velha e maldita agonia de sempre. Não, nunca a de sempre... Ela sempre ganha forças maiores após destruir mais um novo ramo verde no meio dos pântanos mortos.
E fica a lembrança de tantas épocas boas como essa que se acabará em breve. Logo essa lembrança terá perdido toda a cor e todo o brilho, assim como fotos que ficam velhas demais. Elas não servirão mais quando tudo estiver escuro e frio, sem tom.
Mas, assim como fotos velhas, não perderão seu valor; e não serão jogadas fora.
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